O lote da residência, margeada por uma lagoa, é palco para um aparente jogo de espaços abertos e cobertos, privados e externos. Consegue-se tirar proveito da totalidade do terreno a partir de um volume tripartido e linear que ocupa uma metade, enquanto a outra é a extensão das áreas internas. O arquiteto Alexandre Brasil expõe: “Esse projeto busca potencializar a integração entre as áreas construídas e livres, por meio de um partido que elimina a configuração de espaços residuais, permitindo explorar por completo o trecho urbano de 230 m² em que a casa se insere”.
O programa é erguido sobre uma topografia levemente em desnível, e é justamente esse aclive que norteia a distinção de alguns pontos da construção, como a garagem – ligeiramente rebaixada em relação ao corpo da casa. Acima do estacionamento está o terraço articulado em meio nível com o pátio posterior e com os espaços sociais e íntimos.
“Na verdade, a exploração das variações em meio-níveis favoreceu especialmente a fruição desde o terraço elevado, que permite a vista privilegiada da lagoa existente em frente à residência”, afirma o arquiteto.
Externamente é possível observar uma mistura de elementos que outorgam harmonia ao partido, como o concreto aparente, as pedras que revestem o piso da garagem e do pátio, além da vegetação que serve como contraponto aos materiais mais rústicos.
A porta, um painel de madeira, abre-se para a área privativa com acabamento de materiais finos, como mármore, granito e cerâmica. A discrição dos ambientes encerra-se com as esquadrias de vidro responsáveis por integrar os ambientes internos ao exterior.
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