O novo Terminal 3 do Aeroporto Internacional de Cumbica, localizado na cidade de Guarulhos, em São Paulo, é um projeto da Engecorps Typsa e da OAS Construtora, erguido para prover um terminal com padrão internacional e conceito “one-roof terminal”, de operação centralizada. Isso quer dizer que o processamento de passageiros é centralizado, propiciando as operações de embarque e desembarque.
“O conceito ‘one-roof terminal’ leva à centralização das operações desde a descida de um transporte terrestre no meio-fio de acesso até a passagem pelos controles de segurança e acesso aos portões de embarque, o que ordena o fluxo de pessoas dentro do edifício e organiza a distribuição dos espaços comerciais”, explica o arquiteto da Engecorps, Andrei Almeida. O projeto possui também design contemporâneo e soluções de última geração.
O projeto foi desenvolvido tendo como critérios a adoção de soluções consagradas em aeroportos internacionais, dando preferência a elementos que economizam energia, dentro de uma linha de construção Green Building.
“Um dos diferencias do novo terminal é a simplicidade e objetividade dos fluxos operacionais, a garantia de áreas confortáveis para passageiros, o emprego de iluminação natural e a amplitude de visão para a melhor experiência do usuário”, conta.
O escritório projetou uma envoltória no edifício, composta por cobertura zipada e fachada ‘cortina’ de alto desempenho. Nas fachadas laterais, longos planos de vidros modulados, em dimensões de 1,50 por 3 m, com painéis opacos e acabamento em alumínio composto, criam a ideia de continuidade dos planos de fechamento em todos os lados do terminal.
“No interior, a escolha de materiais e cores neutras, como branco e cinza, marca o início do desenvolvimento do projeto”, relata Andrei Almeida. Quanto à comunicação visual, decidiu-se pela neutralidade dos revestimentos internos, dando liberdade tanto à comunicação visual orientativa, quanto à identidade das áreas comerciais. O arquiteto justifica que como o terminal é repleto de áreas comerciais sublocadas, elas acabaram trazendo a própria identidade para o ambiente.
“Dentre as soluções tecnológicas, é interessante citar que o edifício conta com mais de 50 elevadores, cuja especificação reutiliza a energia, para otimizar o consumo. Além disso, a automação predial possui quadros de controle computadorizados, que permitem monitorar os elevadores. Por fim, a parte operacional e sistema de voo também são destaques tecnológicos”, relata o arquiteto.
Os arquitetos deram preferência à iluminação natural como principal fonte de luz; e a artificial é tida como complementar. No desenvolvimento do projeto de paisagismo, optou-se pela discrição, ao mesmo tempo em que o paisagismo interior foi utilizado como elemento pontual e contemplativo.
“Erguer uma obra desse porte em tão pouco tempo é uma forte característica brasileira. Então, muitas das soluções foram condicionadas pelo prazo, pelo atendimento de certos padrões de qualidade e pelas características contemporâneas. No partido arquitetônico, privilegiamos a experiência do usuário, não só a rapidez dos processos”, finaliza.
Escritório
Termos mais buscados