Logo Construmarket
Banner

Casa Galeria

Casa Galeria
Adaptada à topografia do terreno, a construção acolhe a natureza e uma coleção de arte – parte da arquitetura e da vida dos moradores. Imagens: Fabio del Re e Carlos Stein
Casa Galeria
Casa Galeria
Casa Galeria
Casa Galeria
Casa Galeria
Casa Galeria
Casa Galeria
Casa Galeria
Casa Galeria
Casa Galeria
Casa Galeria
Casa Galeria
Casa Galeria
Casa Galeria
Casa Galeria
Casa Galeria
Casa Galeria
Casa Galeria
Casa Galeria
Casa Galeria
Casa Galeria
Casa Galeria
Casa Galeria
Casa Galeria
Casa Galeria
Casa Galeria

Exposição permanente

Texto: Tais Mello

Desde a contemplação do partido arquitetônico ao longe – confortavelmente adaptado à paisagem mineira – até a exploração dos ambientes internos, a Casa Galeria revela-se única. O projeto realizado pelo escritório Mach Arquitetos no vale dos Cristais, Nova Lima (MG), considera a topografia sinuosa e, a partir disso, propõe um programa distribuído em três pavimentos, ao longo das curvas de nível, com interferência mínima no relevo natural.

“Evitamos grandes intervenções como cortes, aterros e contenções. Abrimos uma exceção apenas Os conceitos de casa e galeria se sobrepõem. Não há espaços destinados exclusivamente às obras; pelo contrário, elas estão dispostas por toda parte, para que moradores e visitantes desfrutem, cotidianamente, de sua presença Fernando Maculan para o acesso à casa, onde foi necessária a construção de contenções em concreto armado para permitir a chegada da rampa ao terceiro andar da residência”, declaram os arquitetos Fernando Maculan e Mariza Machado Coelho, responsáveis pelo projeto.

Mesmo no interior, o cuidado e a valorização da natureza refletem-se a todo instante na arquitetura. A paisagem externa participa da casa através de grandes aberturas orientadas estrategicamente; de espaços suspensos, sob pilotis; e de aberturas zenitais e terraços. Para complementar esse cenário perfeito, a morada abriga e expõe a coleção de arte dos moradores, que pode ser apreciada em cada recanto.

Arquitetura e arte

Fernando explica que, desde o início, o projeto precisava refletir o interesse dos proprietários pela arte. “Por isso os conceitos de casa e galeria se sobrepõem. Não há espaços destinados exclusivamente às obras; pelo contrário, elas estão dispostas por toda parte, para que moradores e visitantes desfrutem, cotidianamente, de sua presença”, conta.

Na Casa Galeria, o partido abstrato e escultórico guarda um vasto acervo de obras realçadas por um projeto de iluminação específico, com técnicas usualmente empregadas em galerias, mas adaptadas à residência. A decoração de interiores com móveis e acessórios foi realizada pelos moradores seguindo as orientações de layout definidas pela arquitetura. Nas áreas molhadas, houve a colaboração da arquiteta Joana Hardy.

Na estrutura triangular da casa, a abertura circular faz parte de uma interessante composição arquitetônica geométrica apoiada em pilares Foto: Fabio del Re e Carlos Stein

Estrutura arquitetônica

Com estrutura de concreto e alvenaria, a construção organiza-se a partir da intersecção de dois elementos básicos: um bloco retangular longitudinal, paralelo à via de acesso e assentado ao longo das curvas de nível do terreno, e um volume triangular elevado do solo por uma sucessão de delgados pilares metálicos. A arquiteta Mariza Machado declara que os pilares são o grande destaque da edificação. “Eles dão suporte à construção triangular, que se projeta em direção à rua de acesso. O resultado é um contraponto de volume e linha que proporciona certa tensão ao projeto”.

No bloco retangular, encontra-se a área de lazer composta por sala de ginástica, sauna e spa. Esses Pilares metálicos dão suporte à construção triangular, que se projeta em direção à rua de acesso. O resultado é um contraponto de volume e linha que proporciona certa tensão ao projeto Mariza Machado ambientes recebem luz natural por meio de escotilhas abertas na parede lateral da piscina, posicionada logo acima. A cozinha e as salas de jantar e estar foram projetadas como uma extensão da área da piscina. A construção triangular abriga no terceiro pavimento quartos, sala de TV e dois terraços. Um deles, próximo à sala, é mais aberto e voltado para a vista da cidade de Belo Horizonte; o outro, vizinho aos dormitórios, é intimista, abrindo-se para a bela paisagem das montanhas. Nele, um vazio circular no teto permite, além da integração externa, a entrada de luz natural para o pavimento inferior.

Acesso e orientação

O acesso de pedestres é feito por um caminho sinuoso de pedra, que orienta moradores e visitantes ao pavimento intermediário, onde estão localizados os ambientes sociais e a piscina. Para quem chega de carro, a rampa de acesso a veículos leva ao terceiro andar, na garagem, com acesso à área íntima e de serviços.

A disposição de espaços de lazer e íntimo, convívio social e serviços nos diferentes níveis respeita a orientação solar e a lógica de melhor funcionamento da casa. Os arquitetos evitaram cruzamentos indesejáveis e preservaram, sempre que necessário, a privacidade. Por isso os quartos são voltados para o leste e contam com área externa privativa – uma verdadeira extensão do ambiente.

Já o setor de serviços e quartos de funcionários dão para um pátio interno, com farta luminosidade e ventilação naturais. Áreas de convívio e lazer caracterizam-se pela transparência proporcionada pelo uso de amplos panos de vidro. Fernando finaliza: “A solução amplia os limites da casa e expande os ambientes rumo à irresistível paisagem”.

Escritório

  • Local: MG, Brasil
  • Início do projeto: 2010
  • Conclusão da obra: 2012
  • Área do terreno: 3.000 m²
  • Área construída: 966 m²

Ficha Técnica

Veja outros projetos relacionados