Ao desenvolver o projeto arquitetônico do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Siemens do Brasil, no Rio de Janeiro, os profissionais do escritório Oliveira Cotta Arquitetura buscaram criar um prédio inovador e racional, dotado de uma linguagem marcante e atemporal.
O edifício recebe equipes da Siemens que estavam alocadas em diferentes unidades da capital fluminense, e conectá-las foi um dos desafios encontrados pelos arquitetos. “O empreendimento deveria atender às demandas do cliente, tendo como premissa a sustentabilidade e o design diferenciado”, relata o arquiteto João Oliveira, sócio do escritório.
Para o outro sócio e arquiteto Davi Cotta, a concepção do projeto estava embasada em buscar soluções eficientes através de uma arquitetura contemporânea atemporal.
A sustentabilidade norteou todo o trabalho, incluindo o projeto paisagístico, de modo que o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Siemens do Brasil recebeu certificação LEED Gold. Através de peles de vidro, os arquitetos privilegiaram as vistas, principalmente as que estão voltadas para a baía de Guanabara. Contudo, houve uma preocupação em proteger as fachadas da forte incidência solar, usando, para isso, brises-soleils.
“No revestimento de fachadas usamos materiais que garantem durabilidade, como painéis de alumínio e revestimento perfurado, que ajudam na incidência solar e ainda servem como absorvente acústico”, conta Oliveira.
Os grandes panos de vidro foram usados para se obter maior aproveitamento da iluminação natural, que, em conjunto com o sistema de automação, colaborou para maior eficiência energética da construção.
“Todos os circuitos de luminárias que ficam no perímetro do edifício, próximos às janelas, receberam controle de luxímetro, e só ligam quando a luz do ambiente estiver abaixo dos níveis tolerados pela NBR”, comenta Cotta.
O projeto de interiores do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Siemens do Brasil foi norteado por conceitos bastante adotados na arquitetura corporativa, como aqueles relacionados à criação de áreas de descompressão e de ambientes alegres e motivadores através do uso de cores.
Os principais materiais usados foram o vidro e a madeira, que, ao mesmo tempo que trazem modernidade, ajudam a humanizar e conferem aconchego ao ambiente.
O layout interno é flexível, sendo que não há lugar definido para cada usuário. A intenção era dinamizar o uso do espaço e estimular a criatividade. "Criamos, também, espaços colaborativos, como salas de reuniões informais, sala de criatividade, um espaço agradável de descanso e café etc.”, explica a arquiteta Rosa Cotta, responsável pelo projeto de interiores.
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