A reabilitação do Mercado Municipal de São Paulo, projetado originalmente por Ramos de Azevedo e inaugurado em 1933, foi feita de forma cuidadosa e planejada, a partir do projeto idealizado pelo escritório PPMS Arquitetos Associados. Por se tratar de um importante monumento histórico e patrimônio cultural da capital, a ideia era garantir a integridade do edifício – inaugurado na década de 30 – deixando-o operacional e seguro.
O Mercadão estava degradado e essa intervenção criou uma nova rede de infraestrutura, de fácil acesso e flexível. “Procuramos desenvolver um projeto aliado à logística de obra, que deveria ser executada com o Mercado funcionando normalmente”, destaca o arquiteto Fernando de Magalhães Mendonça. A rede foi toda projetada em sistema de canaleta técnica sob o piso para facilitar eventuais alterações.
Com prazos curtos, a obra se desenvolveu em período integral. Aço e vidro foram utilizados em profusão. “Utilizamos esses materiais de forma a garantir a integração com o edifício, porém seguindo as premissas de intervenções em bens tombados (Carta de Veneza), que estabelece que as técnicas construtivas devam ser distintas da construção existente, sem imitações”, explica.
O mezanino foi articulado para formar uma varanda de alimentação, unindo-se às torres A e B do edifício. A partir dele os visitantes podem enxergar todo o interior do mercado. De acordo com Fernando, devido ao grande fluxo de pessoas – cerca de 15 mil por dia – sua manutenção deverá ser frequente.
O arquiteto destaca a execução das futuras instalações. “No projeto foram previstos também uma panificadora e outros quatro restaurantes, dois deles de grande porte – um para cada torre. Quando esses espaços forem executados, o Mercado estará apto a funcionar durante 24 horas, conforme previsto em projeto”, ressalta.
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