Inspiradas pela atmosfera jovial e eclética de Venice Beach (Califórnia), as arquitetas Lívia Fonseca e Mariana Andrade, sócias do escritório Butiá Arquitetura, projetaram em Porto Alegre (RS) o restaurante Mais! Bistrô Impermanente.
Desde o início o proprietário da casa expressou uma vontade de que seu empreendimento tivesse uma personalidade forte e diferenciada. “Gerar o bem é o propósito do restaurante”, contam as arquitetas, explicando que essa filosofia repercutiu diretamente no desenvolvimento do projeto arquitetônico.
“O objetivo era criar um ambiente moderno, democrático e versátil, onde os clientes pudessem se sentir à vontade para se conectar e interagir a todo o momento, sem barreiras”.
A área de 260 m² do terreno foi dividida para abrigar o térreo, os andares superior e inferior, a área externa da frente e a dos fundos. Com uma arquitetura neutra, o Mais! Bistrô Impermanente priorizou a criação de espaços de socialização e de um layout que atendesse a todas as necessidades.
No mesmo nível da rua fica o andar térreo, onde se encontram o salão principal, o grande balcão de atendimento que funciona como bar e caixa, uma área de apoio ao bar, um depósito e um sanitário PNE, que segue as normas de acessibilidade.
No andar superior da casa foram alocados escritório, sanitário para funcionários e tudo que envolve a produção, como cozinha, depósitos, forno de pizza e câmara fria.
Fonseca e Andrade optaram por deixar todas as instalações de água, gás, energia e armazenamento de lixo na parte externa do restaurante, além de projetarem um charmoso bicicletário como estacionamento para quem vai pedalando até o local.
O acesso para o salão no andar inferior, que fica no mesmo nível da área dos fundos, é feito por uma belíssima escada revestida de madeira pinus. Nessa parte ficam as mesas para o público, um segundo e menor balcão de atendimento do bar, um lounge e área de apoio aos garçons.
“Na área externa do Mais! Bistrô Impermanente está o espaço de convívio. Trata-se de uma ampla área de deck, com arquibancada de madeira e tela para projeção de vídeos, fazendo bastante uso da natureza”, complementam Fonseca e Andrade.
Feita em pele de vidro, a fachada já existia no antigo projeto e foi mantida por proporcionar uma interessante permeabilidade visual entre interior e exterior e moderada iluminação natural durante o dia.
Contudo, as arquitetas usaram, ainda, uma moldura em estrutura metálica com chapas de aço perfuradas aplicadas internamente, que fazem a função de brises-soleils. “Escolhemos esse material por que ele permite a redução da incidência solar no interior e, mesmo assim, a visualização dos elementos do forro de corda com iluminação noturna”, concluem as arquitetas.
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