Já faz algum tempo que o drywall é o queridinho de profissionais da construção civil e de consumidores. A sua presença constante em projetos se dá pela gama de qualidades que apresenta: é leve, flexível, resistente, reciclável e fácil de instalar, além de apresentar excelentes desempenhos mecânico e termoacústico. Para completar, garante um canteiro de obra limpo, já que quase não há desperdício de material e, consequentemente, formação de entulho.
O drywall é mais comumente usado como parede interna e como forro no teto. Diferentemente das paredes de alvenaria, a de drywall é construída a seco com componentes industrializados que garantem um ótimo padrão de qualidade.
Para especificar é preciso, primeiramente, estabelecer qual será o seu uso: parede interna ou externa. Só então é possível detalhar as tipologias técnicas, considerando a resistência mecânica, a propriedade corta-fogo, a umidade e o isolamento termoacústico. Para um melhor resultado, pode-se contratar um especialista em drywall.
O drywall também pode ser usado em fachadas, mas esses casos exigem maior resistência. Por isso, o sistema Light Steel Frame (LSF) é o ideal, com estrutura leve de aço e espessura igual ou maior que 0,95 mm. Em paredes internas, a resistência mecânica é menor, por isso o drywall comum pode ser usado.
Para vedar o fogo de um andar para o outro em fachadas ou isolar o fogo em um ambiente interno, devem ser colocadas quatro chapas de drywall rosa (RF) com 15 mm de espessura cada. A execução adequada assegura proteção contra o fogo por duas horas.
O drywall pode receber qualquer tipo de revestimento, mas alguns cuidados precisam ser tomados: uso de argamassa flexível específica para o material; as chapas não podem ser encostadas no piso; e, em área molhada, é preciso usar mastique e cola específica para fórmica não diluída, de modo a evitar ondulações.
Saiba mais sobre especificação do drywall nesta matéria.
Áreas molhadas
Nada impede que o drywall seja usado em ambientes molhados, como banheiros e cozinhas, desde que se escolha um produto feito com gesso mais resistente à umidade e que as chapas sejam devidamente impermeabilizadas. As chapas de gesso ideais são as verdes, que levam aditivo hidrofugante – substância que aumenta a resistência do material à água.
A impermeabilização pode ser feita com membranas de asfalto elastomérico, com membranas acrílicas ou com cimento polimérico. Após essa etapa, o material está pronto para receber qualquer tipo de acabamento, de cerâmica a pintura com resina epóxi.
O impermeabilizante deve ser aplicado a frio. Em áreas sem ralo bastam três demãos do produto. Já no boxe de banheiros, são necessárias quatro demãos. Nesse local, a chapa de drywall deve ser do tipo “RU”.
Antes da impermeabilização, alguns especialistas recomendam que seja feita a calafetação com mastique de poliuretano ou acrílico na parte metálica, próxima ao piso onde a placa de drywall é fixada. O mastique bloqueia a passagem da água da área molhada para a área adjacente. Registros, torneiras, pias, lavatórios e outros itens presos à parede também precisam ser calafetados.
Veja a matéria sobre instalação de drywall em áreas molhadas.
Forro de drywall
O forro de drywall ou forro de gesso acartonado é usado para dar acabamento à parte superior de ambientes internos. Também é bastante procurado por quem necessita de um bom desempenho acústico. As chapas podem ser perfuradas para que haja melhor absorção do som e aplicadas em dupla, ou combinadas com lã mineral ou de vidro para potencializar o isolamento acústico.
Esse tipo de forro pode ser fixo ou removível. O primeiro, indicado para shoppings e salões, tem textura lisa e superfície plana ou desnivelada. O segundo tem a estrutura aparente e é instalado para esconder redes e dutos, podendo ser facilmente levantado para se fazer a manutenção. A especificação deve considerar o tipo de edificação – residencial, comercial ou industrial –, assim como as características do local da obra.
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